Após Copom, Safra projeta Selic a 6,5% até o final do ano; veja análise

Banco Central define a taxa básica de juros e eleva a Selic em 0,75 ponto base — Foto: Getty Images

BC elevou taxa básica em 0,75 p.p ontem para 4,25% a.a

Depois do fechamento do mercado, o Banco Central definiu a taxa básica de juros. O Copom seguiu com o ritmo prometido e elevou, por unanimidade, a Selic em 0,75 ponto porcentual.

O comitê sinalizou que a próxima reunião terá um aumento da mesma magnitude, e retirou de seu comunicado a menção a um ajuste parcial, reforçando a previsão do Safra de que a Selic irá chegar ao nível de 6,5% em 2021.

As projeções de inflação da autoridade monetária reiteram a necessidade de normalização integral da Selic até o final desse ano. O BC ainda observou que pode acelerar o passo das altas, caso as projeções subam, uma postura mais dura que o Safra avalia que pode contribuir para ancorar as expectativas.

O time de economistas do Safra projeta uma nova alta de 0,75 p.b. em agosto, levando a Selic para 5% a.a.

Juros nos EUA também foi destaque no noticiário

O Banco Central americano não alterou a taxa básica de juros do país, nem o seu programa de compra de ativos. No entanto, a estimativa da instituição para a inflação em 2021 subiu de 2,4% para 3,4%.

Além disso, a maioria dos dirigentes do comitê de política monetária do Fed passou a defender pelo menos dois aumentos de juros até o fim de 2023. E o presidente do BC americano, Jerome Powell, afirmou que já foi discutida uma eventual redução de estímulos no país, embora o momento para isso acontecer siga indefinido.

A leitura que se refletiu nos preços dos ativos ontem foi de que o Fed mostrou um tom menos tolerante com a inflação, diante do aquecimento da economia americana. Vale lembrar que, quando o mercado prevê um aperto monetário maior por lá, a tendência em geral é de fortalecimento do dólar e menor procura por ativos de risco.


Fonte: Valor
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