Após o anúncio de que o Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre deste ano teve alta de 0,9%, bem acima das expectativas, o mercado financeiro elevou a previsão de expansão da economia neste ano de 2,31% para 2,56%.
A informação consta no relatório "Focus", divulgado nesta segunda-feira (4) pelo Banco Central. O levantamento ouviu mais de 100 instituições financeiras, na semana passada, sobre as projeções para a economia.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. O indicador serve para medir a evolução da economia.
No caso da estimativa de inflação para 2023, os analistas do mercado financeiro elevaram a projeção de 4,90% para 4,92% na última semana.
O novo aumento acontece após o reajuste de combustíveis anunciado pela Petrobras em meados de agosto.
De acordo com a pesquisa do BC, o mercado financeiro elevou de 3,87% para 3,88% sua estimativa para a inflação do próximo ano.
Para 2024, a meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%.
Para definir a taxa básica de juros e tentar conter a alta dos preços, o BC já está mirando, neste momento, na meta do ano que vem e no objetivo, em 12 meses, para o início de 2025.
Se a projeção do mercado financeiro se confirmar, este será o terceiro ano seguido de estouro da meta de inflação, ou seja, no qual o IPCA fica acima do teto fixado pelo governo. Em 2022, a inflação somou 5,79%.
Quanto maior a inflação, menor é o poder de compra das pessoas, principalmente das que recebem salários menores. Isso, porque os preços dos produtos aumentam, sem que o salário acompanhe esse crescimento.
Os economistas do mercado financeiro mantiveram as estimativas para a taxa básica de juros da economia brasileira para o final deste ano e de 2024.
Veja abaixo outras estimativas do mercado financeiro, segundo o BC: