Atvos projeta moer 26,9 milhões de toneladas de cana na safra 2020/2021



Empresa atingiu recorde histórico de ATR na temporada passada. A expectativa da Atvos é moer cerca de 26,9 milhões de toneladas de cana na safra 2020/2021, o suficiente para produzir 1,9 bilhão de litros de etanol e 447 mil de toneladas de açúcar. No período, a empresa deve investir R$ 350 milhões em renovação e expansão de canaviais, equipamentos agrícolas e aprimoramentos industriais. A companhia tem nove unidades distribuídas nos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e São Paulo, e cerca de 10 mil funcionários.

“Com a aprovação do plano de recuperação judicial, esperamos concluir nossa reestruturação financeira e iniciar um novo ciclo de investimentos que prevê cerca de R$ 1,1 bilhão de recursos por safra para as áreas agrícola e industrial e, assim, buscarmos alcançar nossa capacidade máxima de operação”, explica Alexandre Perazzo, diretor financeiro da empresa.

Na temporada passada, a companhia processou 26,9 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, um crescimento de 1% em comparação com o ciclo de 2018/2019, mantendo a produtividade. A empresa produziu 2,14 bilhões de litros de etanol (hidratado e anidro), além de 235 mil toneladas de açúcar VHP e da cogeração de 2,8 mil GWh de energia elétrica a partir da biomassa.

O teor médio de ATR (Açúcar Total Recuperável) registrado no período obteve o melhor resultado histórico da empresa de 133,8 kg/hectare, superando o indicador anterior em 2%. “Essa marca é resultado de melhorias no manejo varietal e no uso intensivo de maturadores em mais de 100 mil hectares. Manter o nível de produtividade da safra anterior foi outra importante conquista”, explica Celso Ferreira, diretor de operações e engenharia da Atvos.

Com um total de 498 mil hectares de canavial, a empresa plantou, em 2019/2020, 67 mil hectares (considerando plantio próprio e realizado por fornecedores), uma diminuição de 7,6% em comparação à safra passada, decorrente principalmente das restrições de caixa. “Dessa área plantada, 92% foram voltados à renovação, fundamental para a empresa atingir sua maturidade operacional”, afirmou Ferreira.

O plantio de fornecedores alcançou 32,1 kha, um crescimento de 13%, sendo os fornecedores de cana responsáveis por 34% da matéria-prima processada, superando a participação anterior de 30%. Esse aumento é resultado de uma maior transferência de área a fornecedores, que foi 17% acima da safra 2018/2019.

O RTC (Recuperado Total Corrigido) manteve-se na ordem de 94%, refletindo as melhorias realizadas na entressafra, em especial na extração, fermentação e na continuidade operacional.

Fonte: Jornal da Cana
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