Ibovespa recua liderado por IRB Brasil e cenário fraco no exterior



Às 12:34, o Ibovespa caía 1,41 %, a 115.031,81 pontos. A bolsa paulista começava a quinta-feira no vermelho, pressionada pelo viés negativo no exterior, após revisão na metodologia no registro de casos de coronavírus na China levar a um aumento recorde no número de novas mortes provocadas pela infecção e milhares de novos casos da doença.

O Ibovespa recuava mais de 1% nesta quinta-feira, refletindo o sentimento global mais negativo após aumento recorde no número de novas mortes provocadas pelo coronavírus e milhares de novos casos da doença, enquanto Suzano descolava do viés de baixa e saltava 4,5% tendo no radar resultado trimestral e estimativas.

Às 12:34, o Ibovespa caía 1,41 %, a 115.031,81 pontos. O volume financeiro somava 7,997 bilhões de reais.

A queda vem após o Ibovespa avançar nos dois pregões anteriores, acumulando no período ganho de 3,65%.

Autoridades de saúde de Hubei, província chinesa epicentro do surto do novo coronavírus, disseram que 242 pessoas morreram por causa do vírus na quarta-feira, o crescimento mais acentuado na contagem diária desde que o patógeno foi identificado em dezembro, após mudança no método de diagnóstico.

Isso levou o número total de mortos por causa do recém-descoberto vírus na China para 1.367, um aumento de 254 em relação à véspera, disse a Comissão Nacional de Saúde.

Como resultado, outros 14.840 novos casos foram registrados na província na região central do país nesta quinta, contra 2.015 novos casos nacionalmente na véspera. Cerca de 60 mil pessoas foram infectadas pelo vírus, a vasta maioria na China.

“Notícias do coronavírus seguem trazendo volatilidade aos mercados”, destacou a Elite Investimentos em nota a clientes, observando maior aversão a risco nos mercados no exterior em razão das últimas novidades.

Destaques
– VALE ON caía 2,6%, em sessão de ajustes, contaminada pelo viés negativo no exterior, apesar da alta dos preços do minério de ferro na China. No setor de mineração e siderurgia, CSN ON perdia 3,4%, GERDAU PN recuava 2,4% e USIMINAS PNA cedia 0,9%.

– PETROBRAS PN e PETROBRAS ON perdiam 1,3% e 2,3%, respectivamente, também refletindo a maior aversão a risco, descolando do movimento positivo dos preços do petróleo no exterior.

– BANCO DO BRASIL ON recuava 0,9%, após resultado do quarto trimestre de 2019, com crescimento de 20% no lucro líquido recorrente frente ao mesmo período do ano anterior, além de projeções para 2020. O presidente do banco disse que o retorno sobre o patrimônio (ROE) deve ficar acima de 18% neste ano. No setor, BRADESCO PN e ITAÚ UNIBANCO PN caíam 2% ambos.

– EMBRAER ON cedia 2,4%, também entre as maiores quedas do Ibovespa. O Ministério Público Federal (MPF) apresentou recurso para que o Tribunal do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) analise novamente a operação de venda do controle da divisão de aviação comercial da companhia para a norte-americana Boeing, que havia sido aprovada sem restrições por decisão do superintendente-geral da autarquia.

– SUZANO avançava 4,5% mesmo após divulgar queda no lucro líquido do quarto trimestre, para 1,175 bilhão de reais de outubro a dezembro, uma vez que ficou em linha com expectativa média de analistas compilada pela Refinitiv de 1,77 bilhão. A empresa também atualizou projeções sobre sinergias com a Fibria, entre outras, assim como estimou potencial crescimento da demanda de papéis tissue em razão da crise sanitária com o surto de coronavírus na China.

Fonte: EXAME
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