Maior central sindical da Argentina convoca greve geral para 25 de junho


Manifestação programada para 25 de junho vai exigir mudanças na política econômica do presidente Mauricio Macri.

A Confederação Geral do Trabalho (CGT), principal central sindical da Argentina, convocou nesta terça-feira (12) uma greve geral para o próximo dia 25 de junho para exigir do governo do presidente Mauricio Macri uma mudança na política econômica, marcada pelo pedido de um empréstimo ao Fundo Monetário Internacional (FMI).

"A conclusão é que os dados econômicos, de emprego, que têm a ver com tudo o que afeta os setores mais vulneráveis da sociedade, estão sendo afetados e são cada vez mais angustiantes", afirmou Héctor Daer, um dos três líderes da CGT, em entrevista coletiva em Buenos Aires.

A central sindical se recusou a comparecer nesta terça-feira a uma reunião programada com integrantes do governo de Macri, que buscava um acordo para evitar a greve geral, já que "em conversas informais" a CGT comprovou "a impossibilidade" de que o governo satisfizesse as reivindicações sindicais.

A greve, que ocorrerá em todos os setores e não terá mobilização nas ruas, é anunciada após o governo divulgar os detalhes do acordo com o FMI - um empréstimo de US$ 50 bilhões - para atenuar a abrupta desvalorização do peso e diminuir o déficit, que implicará em restritas metas fiscais e de inflação.

Ao mesmo tempo em que a moeda nacional se desvalorizou quase 30% em relação ao dólar em dois meses, o Índice de Preços ao Consumidor já acumula alta de 9,6% neste ano, influenciado principalmente pelos fortes aumentos ditados pelo governo nas tarifas dos serviços públicos como gás e eletricidade.

Mais manifestações
Na manhã desta terça-feira, as duas vertentes da Central de Trabalhadores da Argentina (CTA), com grande peso no país, mas de menor importância que a CGT, acompanhadas de outros setores sindicais como os caminhoneiros - de forte influência -, ratificaram a greve geral que convocaram para esta quinta-feira (14), também contra as políticas econômicas de Macri.

"Entendíamos que havia um grau de demora na definição da CGT e resolvemos marchar neste dia 14 em uma jornada nacional de luta com greves e mobilizações em toda a Argentina", destacou Pablo Micheli, líder da CTA-Autônoma. No entanto, esses grupos sindicais anteciparam que, independentemente da sua iniciativa, se somarão também à greve convocada pela CGT.


Fonte: G1
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