Milho: seca avança e grão se valoriza no Brasil


O mercado brasileiro de milho teve uma quinta-feira de preços firmes. Segundo o analista de Safras & Mercado, Paulo Molinari, o mercado segue bem sustentado pelas preocupações com o quadro climático para a safrinha. "Os preços estão firmes e o mercado aguardando chuvas para pelo menos amenizar o quadro de produção", aponta.
 
A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou com preços mais baixos. O mercado foi pressionado pela fraca demanda pelo grão norte-americano, apesar do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) ter indicado menor oferta global do grão.
 
As vendas líquidas norte-americanas de milho para a temporada comercial 2017/18, que tem início no dia 1º de setembro, ficaram em 695.600 toneladas na semana encerrada 03 de maio. O número ficou 32% inferior ao da semana anterior e 22% abaixo da média em quatro semanas.
 
Em relatório mensal de oferta e demanda, para a safra 2018/19, o USDA previu que os Estados Unidos deverão colher 14,040 bilhões de bushels, abaixo dos 14,091 bilhões de bushels previstos pelo mercado. A produtividade média foi indicada em 174 bushels por acre. Os estoques finais de passagem foram  estimados em 1,682 bilhão de bushels, ante os 1,631 bilhão de bushels esperados pelo mercado. Para a temporada 2017/18, os estoques finais de passagem dos EUA foram estimados em 2,182 bilhões de bushels, sem alterações ante abril, enquanto o mercado trabalhava com estoques de 2,178 bilhões de bushels.
 
A safra global 2018/19 foi estimada em 1.056,07 milhão de toneladas. Os estoques finais da safra mundial 2018/19 foram projetados em 159,15 milhões de toneladas, abaixo das 182 milhões de toneladas previstas pelo mercado. A estimativa de safra brasileira ficou em 96 milhões de toneladas. A China deverá produzir 225 milhões de toneladas. A produção da Argentina deve atingir 41 milhões de toneladas. Os estoques finais da safra mundial 2017/18 foram projetados em 194,85 milhões de toneladas, abaixo das 197,78 milhões de toneladas apontadas no mês passado e abaixo das 195,2 milhões de toneladas previstas pelo mercado.
 
 
 
 
Fonte: canalrural
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