Produtor substituiu maturador por outra prática e conseguiu ATR notável



Daine Frangiosi, presidente da CanaCampo conta os detalhes. Um grupo de produtores resolveu pensar ‘fora da caixa’ e substituir o maturador por outra prática modificando assim o conceito comum de trato cultural. Isso os fez conseguir desde a safra passada um índice de ATR notável. Antes de mais nada é preciso lembrar que o uso do maturador é uma prática majoritariamente utilizada por produtores há muitas safras. O objetivo de seu uso é proporcionar um aumento dos teores de açúcar na cana no início do ciclo ou uma manutenção no final da safra.

Em contrapartida, de acordo com especialistas, o maturador pode comprometer os índices de TCH (Toneladas de cana por hectare). E foi observando essa janela que produtores da Canacampo decidiram apostar em outra tecnologia. Quem conta os detalhes é o também produtor e diretor presidente da associação, Daine Frangiosi. “O fato de não usarmos maturador é uma inovação recente no nosso trato cultural que tem nos dado uma eficiência em ATR notável”, conta Frangiosi.

Mas como? Em síntese, segundo ele, os produtores substituíram a aplicação dessa ferramenta por duas etapas de pré-maturadores — de uma linha nutricional com a qual eles estão trabalhado recentemente. Como resultado, em média safra, as lavouras estão 2kg acima que os demais produtores da região de Campo Florido (MG) que usaram maturador.

De acordo com ele o potencial dessa aplicação pode ser ainda mais significativo e render ATR notável. “Alguns fornecedores aqui de Campo Florido tiverem queda de cerca de 18 de TCH devido ao uso do maturador. Agora imagine se você usar uma linha nutricional que não comprometa essa perda e ainda por cima acrescente em ATR. Com certeza os ganhos são significativos”, calcula.

O diretor presidente da Canacampo está otimista e se orgulha dos atuais resultados de sua lavoura. “Eu, enquanto produtor, estou com índice de 17,2 toneladas de açúcar por hectare. Mas na reta final esse índice pode baixar para média de 15 toneladas”, informa.

Produtores se destacam por capricho no cultivo da cana-de-açúcar
O grande destaque aqui na Canacampo — afirma Frangiosi — é que nossos associados cultivam cana com muito capricho. Sob o mesmo ponto de vista ele reitera que o conceito de cuidar bem da cultura é indispensável. “Atualmente nosso TCH está em três dígitos. Da mesma forma nosso ATR está em média de 135 kg p/tc — mas deveremos fechar em torna de 140. Nossa meta de TAH é de 15 toneladas de açúcar por hectare de cana. De modo que boa parte de nossos produtores consegue fechar em 14,5 toneladas”, garante Frangiosi.

Fenologia correta; sem pragmatismo
Sob o mesmo ponto de vista do capricho do produtor, o diretor presidente da Canacampo elogia o modelo de manejo dos produtores. “Possuímos um manejo mais apurado comprado com o nível nacional, pois trabalhamos a cana em todos os segmentos. Ao passo que a definimos corretamente em sua fenologia, explorando o potencial produtivo de cada fase até que a soma dos processos resultem em alta produtividade”, detalha.

Para ele esses critérios os diferenciam em relação as outras regiões que cultivam cana de forma mais conservadora. Outro ponto importante em relação aos tratos culturais dos associados da Canacampo é o fato de terem menos pragmatismo e mais receptividade às novas inovações tecnológicas e em implementa-las.

Frangiosi pretende detalhar em números e explicar de forma técnica o manejo da cana sem maturador, amanhã, durante evento online. Além dele, estarão presentes Gustavo Villa Gomes, diretor agrícola da Usina Guaíra; Hermes Arantes, diretor agrícola da Bevap Bioenergia e Luiz Fernando Almeida, supervisor de Planejamento e Controle Agrícola, da Cerradinho Bio. Esse encontro será apresentado pelo diretor da ProCana Brasil, Josias Messias.

Quando será e como se inscrever
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Fonte: Jornal da Cana
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